Hoje, dia 15 de Junho de 2018, começamos nosso passeio por Moscou indo conhecer um Banker. Isso mesmo Banker 42, um abrigo antiaéreo russo do período da Guerra Fria, que por 30 anos foi totalmente secreto.
O Banker 42 , foi Construído durante a Guerra Fria em 1956, a pedido de Stalin. Ele fica embaixo de um prédio amarelo claro, idêntico a tantos outros em Moscou. Na década de 60, os russos simulavam a movimentação de um prédio residencial comum, para não levantar suspeitas sobre as operações de guerra.
A visita ao Banker começa descendo uns 20 andares de escada, ele fica abaixo do nível do metrô, a 65 metros da superfície. Os corredores são protegidos por 1 metro de concreto para cada lado, cobertos de chapa de aço.
Hoje existem dois Bunkers em Moscou, um fica embaixo do Kremlin e o segundo é este, que é o único bunker aberto a visitação em toda a Rússia.
Neste Bunker funcionava um centro de controle de voos de longa distância, além de um abrigo com capacidade para manter 600 pessoas por até 3 meses. Os suprimentos entravam por uma passagem secreta da estação de metrô Taganskaya, por onde também era feito o acesso dos oficiais militares.
Além de eletrizante, estar dentro de um verdadeiro bunker de Stalin é ter uma aula de história, com a visão dos soviéticos, do que foi o maior confronto nuclear, entre Estados Unidos e Rússia. Em 1956, era o local mais seguro de toda Moscou. Foi usado uma única vez, em 1962, durante a Crise do Caribe, quando a União Soviética concedeu apoio à Cuba na sua Revolução contra os Estados Unidos e estabeleceu sua base nuclear lá. Seiscentas pessoas ficaram trabalhando trancadas nele, durante 10 dias, em estado de alerta. De 1956 a 1986, ele funcionou como um centro de segurança, para uma possível guerra.
Saindo do banker, pegamos o metro e fomos em direção a Praça da Revolução, no centro de Moscou.
E como já estava no nosso roteiro, não podíamos deixar de conhecer a famosa Estação Ploshchad Revolyutsii – Estação da Praça da Revolução.
Ploshchad Revolyutsii é uma das estações mais famosas do metrô de Moscou , no distrito de Tverskoy. . A estação tem o nome da Praça da Revolução , sob a qual está localizada.
A estação foi inaugurada em 1938, seu arquiteto foi Alexey Dushkin . A estação possui arcos de mármore vermelho e amarelo apoiados em postes baixos, em frente ao mármore negro armênio . Os espaços entre os arcos são parcialmente preenchidos por grades de ventilação decorativas e rendilhado no teto.
A estação também é famosa por suas estátuas de realismo socialista . Cada arco é flanqueado por um par de esculturas de bronze de Matvey Manizer, representando o povo da União Soviética , incluindo soldados, agricultores, atletas, escritores, aviadores, trabalhadores industriais e crianças em idade escolar. Há um total de 76 esculturas na estação.
Esta estação tem uma história bacana. Uma das esculturas de bronze que ornam os pórticos do corredor central traz um soldado com um cachorro. Reza a lenda que um estudante da Universidade Lemonosova (um dos prédios fica nas imediações) não havia estudado para uma prova e ao passar pela estátua esfregou o focinho do cachorro desejando sorte no exame. Aparentemente, ele tirou excelente nota e a notícia se espalhou. Como o povo russo é extremamente supersticioso, as pessoas passaram a esfregar o focinho do cachorro sempre que passam por ali.
E de lá seguimos para a tão famosa e aguardada visita a Catedral de São Basilio.
A Catedral de São Basílio, é uma catedral ortodoxa russa erguida na Praça Vermelha em Moscou, Rússia, entre 1555 e 1561. Construída sob a ordem de Ivã IV da Rússia, para comemorar a captura de Kazan e Astracã, marca o centro geométrico da cidade e o centro do seu crescimento, desde o século XIV. Foi o edifício mais alto de Moscou até a conclusão do Campanário de Ivã, o Grande, em 1600.
Seus domos coloridos encimam pequenas capelas, sendo uma representação da Cidade de Deus revelada a São João, o Divino. Com claras influências bizantinas, o projeto de Posnik Yakolev foi concluído em 1561. Uma das lendas mais resistentes ligadas a São Basílio é que o czar, satisfeitíssimo com o trabalho final, mandou cegar o arquiteto para que ele nunca mais pudesse construir algo semelhante. O fato é que várias obras de Yakolev, incluindo a Catedral de Vladimir, foram levantadas após a policromática catedral moscovita.

Saindo da São Basilio, voltamos aquela famosa rua que fervia com a festa da Copa do Mundo.
Entramos no Museu da Guerra.
E foi isso, um dia longo mas muito, muito surpreendente.
Amanhã tem mais.