Passeando por Berlim – Dia 3

Dia 19 de Junho de 2018, nosso terceiro dia em Berlim começou cedo, saímos do hotel com a intenção de visitar outros pontos da cidade que ainda não tínhamos visto, dentre eles o  Memorial de Guerra Soviético. O Memorial está localizado  no Tiergarten, no centro de Berlim. O monumento foi erguido em 1945, para lembrar os soldados do Exército Vermelho que morreram  na Segunda Guerra Mundial.

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Após o fim da Segunda Guerra Mundial o comando do Exército Vermelho construiu três monumentos soviéticos em Berlim a fim de lembrar principalmente os milhares de soldados soviéticos mortos durante a campanha de ocupação da capital alemã.

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Em abril e maio de 1945 as tropas soviéticas atacavam Berlim, a antes poderosa capital do Terceiro Reich. Os soviéticos avançaram com mais de 2,5 milhões homens. Foi um verdadeiro rolo compressor. Apesar da defesa alemã já muito fragilizada, sem combustíveis, armamentos e reforços, os soviéticos amargaram milhares de baixas. Em torno de 80.000 homens do exército vermelho perderam suas vidas durante a tomada de Berlim.

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Saindo do Memorial, caminhamos pela Tiergarten e fomos até a famosa Coluna da Vitória que fica no centro do parque Tiergarten.

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A Coluna da Vitória foi construída entre 1864 e 1873, mas não esteve sempre nesse local. Ela foi originalmente construída para comemorar a vitória do Reino da Prússia na guerra contra a Dinamarca em 1864 (conhecida como a Guerra dos Ducados do Elba). Antes a Coluna da Vitória estava localizada na Königsplatz (atualmente a Praça da República) e foi movida para o local em que está agora (no meio do Tiergarten) entre 1938 e 1939 como parte da preparação de Berlim como capital do Reich na Alemanha nazista.

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Saindo de lá, caminhamos de volta até nosso hotel, passando por outros pontos em Berlim que chamam a atenção não só pela beleza mas também pela historia.

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Portão de Brandenburgo

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Até chegarmos na Platz des Volksaufstandes vom 1953.  Nesta praça existe um memorial que relembra os acontecimentos do dia 17 de Junho de 1953, que ficou conhecido como o levante popular na antiga Alemanha Oriental.

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No dia 17 de junho de 1953, quatro anos após sua criação, a República Democrática Alemã estava à beira do colapso econômico, o que levou a violentos confrontos entre a população e o poder estatal. Oito anos após o final da Segunda Guerra Mundial, a então República Democrática Alemã (RDA) ainda enfrentava graves problemas econômicos. Enquanto a Alemanha Ocidental era reconstruída com a ajuda dos Aliados ocidentais, a Alemanha Oriental, controlada pelos soviéticos, sucumbia sob uma grave crise de abastecimento. Um ano antes, o secretário-geral do Partido Socialista Unitário (SED), Walter Ulbricht, havia anunciado a “construção planejada do socialismo” segundo o modelo soviético. Os pesados pagamentos de reparações de guerra e o estímulo à indústria pesada causaram uma crise de abastecimento, agravando a escassez de gêneros básicos como manteiga, carne, frutas e verduras, que só podiam ser adquiridos através de senhas de racionamento. O florescimento econômico da Alemanha Ocidental e a insatisfação com os rumos políticos no Leste alemão levaram muitos a voltarem as costas à RDA. Em 1952, 180 mil pessoas haviam deixado o país. No primeiro semestre de 1953, foram 226 mil.

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Diante do prédio do governo em Berlim, no dia 16 de junho, os trabalhadores da construção civil convocaram uma greve geral para o dia seguinte. O apelo foi divulgado dentro da Alemanha Oriental e no estado vizinho, através da imprensa. O clima era de euforia, o regime já era visto como derrotado. Em alguns locais, os insurgentes chegaram a tomar o poder. Mais de um milhão de pessoas participaram de manifestações e greves em 700 cidades e comunidades da RDA. A revolta por melhores salários transformou-se rapidamente em um levante pela liberdade, democracia e unidade da Alemanha. Em faixas e cartazes, os manifestantes reivindicavam melhores condições de vida, a renúncia do governo da RDA, eleições livres e a reunificação do país.A liderança política da RDA já havia perdido o controle sobre a situação quando a força de ocupação soviética declarou estado de emergência. Tanques militares invadiram o principal ponto de concentração de manifestantes, na praça Potsdamer Platz, em Berlim.Os acontecimentos foram narrados ao vivo pelos repórteres que acompanharam as dramáticas cenas de 17 de junho de 1953. A violência militar reprimiu o levante dos alemães-orientais, deixando um saldo de centenas de mortos e feridos. Cerca de dez mil manifestantes e membros do comitê de greve foram detidos. Mais de 1.600 participantes do levante cumpriram, em parte, longas penas de prisão.Algumas semanas depois, o Bundestag (câmara baixa do Parlamento da República Federal da Alemanha) proclamou o dia 17 de junho como Dia da Unidade Alemã. Após a reunificação, em 1990, este feriado passou a ser comemorado em 3 de outubro.

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Voltamos ao nosso hotel, havia chegado a hora de ir embora. Passamos 4 dias em Berlim, adoramos a cidade, um verdadeiro museu a céu aberto que nos deu oportunidade de voltarmos na história e ver de perto tudo aquilo que aprendemos nos livros.

Foi uma experiencia incrível e maravilhosa.

Obrigada Berlim!

 

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